Um estudo recente desafia a noção de que homens e mulheres obtêm os mesmos benefícios de níveis equivalentes de atividade física, sugerindo que as mulheres sentem mais benefícios do que os homens com a mesma quantidade de exercícios regulares. Ao abordar as barreiras tradicionais enfrentadas pelas mulheres para priorizar os exercícios, os pesquisadores pretendem mudar essa narrativa, destacando que, especialmente para as mulheres, cada pequeno esforço faz uma diferença significativa.
O estudo
Conduzido por pesquisadores do Hospital Afiliado da Universidade de Qingdao, na China, o estudo analisou 412.413 participantes sem problemas de saúde subjacentes que foram recrutados entre 1997 e 2017. Em dezembro de 2019, 39.935 participantes haviam falecido, com 11.670 mortes atribuídas a causas cardiovasculares.
O estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology, revelou uma diferença significativa entre os gêneros em relação aos benefícios decorrentes da prática regular de exercícios. Embora uma proporção maior de homens tenha se envolvido em atividades físicas e exercícios de fortalecimento, a redução do risco de mortalidade associada ao exercício foi mais acentuada nas mulheres.
Para as mulheres, apenas 140 minutos de exercícios moderados por semana resultaram em um risco 18% menor de morte prematura por qualquer causa, em comparação com suas contrapartes inativas. Em contrapartida, os homens precisavam de 300 minutos de exercícios semelhantes para obter uma redução comparável no risco.
Estudos mostram consistentemente que meninas e mulheres tendem a praticar menos atividade física do que seus colegas homens. Os pesquisadores esperam que suas descobertas possam impulsionar os esforços para fechar a “lacuna de gênero”, motivando as mulheres a participar de qualquer atividade física regular de lazer.
Conclusão para corredores
Se você estiver com pouco tempo, essa pesquisa é uma boa notícia, e os pesquisadores esperam que ela encoraja as mulheres que enfrentam barreiras para se exercitar, enfatizando que mesmo quantidades relativamente pequenas podem trazer benefícios significativos para a saúde.
O estudo enfatizou que não sugere que as mulheres devam se exercitar menos. Um indicador de 300 minutos surgiu como o ponto de benefício máximo, mas mesmo doses menores apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres.
A Dra. Susan Chen, coautora do estudo, espera que as descobertas incentivem as mulheres a trilharem seu próprio caminho para o sucesso, assegurando-lhes que cada progresso conta:
Esperamos que talvez a simples compreensão desse conceito possa ajudar algumas mulheres que se sintam muito ocupadas ou intimidadas para adotar uma nova rotina de exercícios e que saibam que elas não precisam se comparar com os homens, ou com qualquer outra pessoa, em relação ao quanto estão se esforçando
A pesquisa desafia os estereótipos sobre exercícios, destacando que, quando se trata de longevidade e saúde, homens e mulheres podem ter resultados diferentes com os mesmos investimentos em condicionamento físico.