terça-feira, 17 de setembro de 2024

Pulsação média de 174 bpm e cadência máxima… aos 223: os dados do ouro de Jakob Ingebrigtsen

por Correr Brasília

O que é necessário para chegar ao ouro olímpico nos 5.000 metros? A resposta não foi totalmente revelada, mas a Coros decidiu levantar um pouco a ponta do véu ao divulgar alguns detalhes do treino e também da prova do norueguês Jakob Ingebrigtsen, que há cerca de uma semana venceu em Paris com 13:13.66 minutos, a um ritmo médio de 2’38/km.

Na sua publicação, a marca de relógios desportivos partilha primeiro de tudo a forma como a carga de treino foi distribuída desde o início do ano, com o dado particular de ter sido uma construção de forma física vinda de um ponto de lesão. No gráfico apresentado é possível ver o momento construção de volume e depois a intensidade específica para os Jogos (onde competiu nos 1.500m e 5.000m) e ainda os picos de forma.

A forma base de Jakob mostra um claro aumento de volume no início, seguido por um período prolongado de intensidade

“Só a partir de meados de fevereiro é que comecei a ser constante e pude correr todos os dias. Contudo, assim que comecei a treinar tudo foi perfeito”, explicou o norueguês. Jakob começou com 8 semanas de alto volume e um enfoque mais conservador de intensidade. A partir daí, ele fez uma ligeira redução gradual antes do Prefontaine Classic, “Queria fazer uma ligeira redução, mas não o suficiente para sacrificar a base que acabava de estabelecer”, acrescentou. A propósito, Jakob foi 2.º nessa prova, com o tempo de 3:45.60 minutos.

O gráfico seguinte diz respeito aos quase 3 meses de preparação específica para Paris, com 54,1% do trabalho em… zona 6! “Comecei a ter êxito muito rapidamente. Estava no limite do que o meu corpo podia suportar em termos de volume e intensidade. Conseguimos fazer tudo o que tínhamos planejado, mas não sem riscos… Levamos o nosso treino ao limite”.

Durante a fase mais intensa da sua preparação, a maior parte dos esforços de Jakob foram feitos na zona 1 (recuperação) ou na zona 6 (para aumentar o VO2max+).

“Muitos atletas querem colocar em teste a sua forma física nos treinos. Nós temos uma abordagem diferente. Pensamos no treino como se fôssemos agricultores e o que estamos a plantar são cenouras. Muitos atletas querem arrancar a cenoura da terra cedo para ver se está boa, mas quando a provam já não conseguem colocá-la de volta. Nós não arrancamos a cenoura da terra até ao dia da prova, mas confiamos que a nossa preparação e experiência nos darão melhores probabilidades de êxito”.

Um êxito que veio em Paris’2024, nos 5.000 metros, depois do 4.º lugar inesperado nos 1.500m. Nessa prova, que venceu em 13:13.66 minutos, a um ritmo médio de 2’38/km, o norueguês teve uma frequência cardíaca média de 174 bpm, atingindo o pico aos 183 bpm, curiosamente não na altura da decisão, mas entre os 3.000 e 4.400 metros. A cadência média nestes 5.000 metros foi de 191ppm, com um pico impressionante de 223. Aliás, dos 4.400 aos 5.000, em uma volta e meia, Ingebrigtsen teve uma cadência média de 208ppm!

Dados de Jakob nos 5.000 metros olímpicos vistos no COROS Training Hub

Todos estes dados foram partilhados pela marca norte-americana no seu site e foram recolhidos através da utilização do COROS PACE 3 e do COROS POD 2.

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