O Brasil expressou seu interesse em sediar o Mundial de Corrida de Rua em 2028, conforme anunciado por Wlamir Motta Campos, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). A revelação ocorreu durante a abertura do TS Summit, um congresso promovido pelo Ticket Sports. O evento, que começou nesta terça-feira (3) em São Paulo (SP), reúne profissionais da indústria esportiva no Brasil ao longo de dois dias.
Motta Campos destacou que a crescente popularidade da corrida de rua no Brasil reforça a candidatura do país para o evento. Criado pela World Athletics em 2023, o Mundial de Corrida de Rua teve sua primeira edição em Riga, Letônia. Nos próximos anos, o evento será realizado em San Diego (EUA) em 2025, Copenhague (Dinamarca) em 2026 e Yangzhou (China) em 2027.
Na primeira edição do evento em 2023, em Riga, Letônia, o Mundial de Corrida de Rua contou com provas de Meia Maratona, 5km e milha (1,6km). A World Athletics ainda não divulgou detalhes e regras da próxima edição, que será realizada em San Diego (EUA) em 2025, mas já se sabe que, do mesmo modo que em 2023, a competição permitirá a participação de amadores ao lado dos atletas de elite.
A decisão sobre o país anfitrião para 2028 será divulgada até março do ano que vem.
Crescimento não para
Durante sua apresentação de 15 minutos, Wlamir Motta Campos destacou o crescimento significativo da corrida de rua no Brasil, apresentando dados do Ticket Sports. O mercado da modalidade está projetado para crescer 45% em 2024, com aumentos subsequentes de 35% em 2025, 25% em 2026 e 25% em 2027. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 14 milhões de corredores.
A corrida é uma metáfora da vida. A pessoa busca superação, autoconhecimento, qualidade de vida, ser melhor que ela mesma. E o potencial desse mercado é enorme: hoje, a Maratona do Rio é o terceiro maior evento turístico da principal cidade turística do Brasil, que é o Rio de Janeiro. Esse é o poder da corrida. Além disso, é um mercado que atrai as marcas, gera investimentos, cria empregos diretos e indiretos e gera renda. Precisamos cada vez mais buscar incentivos e benefícios para retroalimentar esse mercado, fortalecer as marcas e fortalecer o produto.
Wlamir Motta Campos, presidente da CBAt
Sem amadorismo
Dirigindo-se a uma plateia composta por organizadores de corridas, o presidente da CBAt sublinhou que o amadorismo não tem mais espaço na organização de eventos. Ele enfatizou a importância da união para conquistar benefícios fiscais, algo que o futebol já conseguiu há tempos.
É preciso união nesse mercado. Temos que agir cada vez mais nesse sentido. E por isso a parceria entre a CBAt e a Abraceo [Associação dos Organizadores de Corrida de Rua e Esportes Outdoor] é importante. Corrida de rua é atletismo. Temos que trabalhar cada vez mais junto às Leis de Incentivo, fazer com que as políticas públicas sejam feitas em favor dos organizadores, dos corredores, da corrida de rua como um todo.
concluiu Motta Campos.